As baleias fin, uma das maiores espécies marinhas, habitam águas onde o uso de sonar militar é frequente. Recentemente, um estudo investigou como esses gigantes marinhos respondem ao sonar ativo de média frequência (MFAS), empregado em treinamentos navais.
Pesquisadores monitoraram 21 baleias fin durante experimentos de exposição controlada, expondo-as a sons de sonar e ruídos aleatórios (PRN) de frequência semelhante. Com ajuda de diversas análises, eles observaram mudanças comportamentais, como variações nas profundidades dos mergulhos, ângulos de movimento e tempo submerso. Além disso, uma equipe de especialistas avaliou a gravidade das respostas, gerando insights sobre o impacto real do sonar na vida desses animais. 🐋🧬
As baleias fin mostraram uma resposta menos intensa ao sonar do que as baleias-azuis, mesmo sendo expostas em ambientes semelhantes. Apenas 5 das 21 baleias estudadas mostraram alterações comportamentais significativas, classificadas como leves a moderadas. A maioria das mudanças esteve ligada à intensidade do som recebido, com respostas como mergulhos mais profundos e mudanças de direção, indicando que, em alguns casos, elas podem estar evitando a área de emissão do som, mas sem parar suas atividades alimentares. 🌊⚠️
Este estudo destaca a resiliência das baleias fin em relação ao ruído, mas ressalta a importância de monitorar continuamente o impacto do sonar e outros ruídos nos ecossistemas marinhos. Saber que esses animais podem adaptar-se é positivo, mas o efeito cumulativo e a exposição prolongada podem impactar a saúde das populações a longo prazo. Pesquisas como esta são fundamentais para moldar políticas de conservação que minimizem os efeitos das atividades humanas nos oceanos. 🌐💙
Fonte: Southall, B. L., Allen, A. N., Calambokidis, J., Casey, C., DeRuiter, S. L., Fregosi, S., Friedlaender, A. S., Goldbogen, J. A., Harris, C. M., Hazen, E. L., Popov, V., & Stimpert, A. K. (2023). Behavioural responses of fin whales to military mid-frequency active sonar. Royal Society open science, 10(12), 231775. https://doi.org/10.1098/rsos.231775
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